sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O "prédio dos bonecos" (2)

 

Barril de Alva - Joaquim Mendes Correia de Oliveira e o seu filho António Inácio Alves Correia de Oliveira - AIACO -junto à sua residência. Na imagem seguinte, o registo das traseiras do palacete da  família - o "prédio dos bonecos"...

sábado, 29 de agosto de 2020

O "prédio dos bonecos"


- O barrilense Joaquim Mendes Correia de Oliveira louvado pelo Governo da República

Diário do Governo n.º 57/1913, Série I de 1913-03-11 Ministério do Interior - Direção Geral da Instrução Primária.

Portaria de 8 de Março (…) louvando o professor da escola do lugar do Barril e o cidadão
Joaquim Mendes Correia de Oliveira 
por serviços relevantes prestados à instrução e educação cívica nacionais. 

Progresso da terra natal e o bem-estar da sua população foi o paradigma de ilustres barrilenses durante décadas de lideranças arrojadas (CIEBA, UPBA, Filarmónica) e investimentos pessoais (fontanários, igreja e capelas, escola pública, ruas e caminhos, etc, etc).Recordamos:
- José Monteiro de Carvalho e Albuquerque. “senhor da casa do Barril”, Quinta de Santo António, por ter erguido bem alto o estandarte da honrada Filarmónica Barrilense em 1894. 
- Irmãos Nunes dos Santos, proprietários dos Grandes Armazéns do Chiado, beneméritos de “mão cheia”, possivelmente líderes da lista de autores de múltiplas benesses. 
- Joaquim Mendes Correia de Oliveira , barrilense, pouco referenciado, é certo, mas pelo merecimento da sua generosidade justifica encómios e destaque de “primeira página”, como o Governo da República reconheceu em 1913. 
A Junta de Freguesia do Barril de Alva, em 1924, também não deixou de lhe prestar justa homenagem ao atribuir o seu nome a uma das primeiras ruas da aldeia… 
Joaquim Mendes Correia de Oliveira emigrou para Belém do Pará, no Brasil, onde fez fortuna. De regresso a Portugal, construiu de raiz um soberbo palacete na sua terra natal, ainda de pé e habitável. O edifício é conhecido pela “prédio dos bonecos” pelo facto da decoração do beirado ostentar peças de estatuária. 
A talhe de foice, refira-se o pormenor de ter sido em 1911 residência ocasional do ministro do Fomento da República, Brito Camacho. 
A benemerência do nosso conterrâneo estendeu-se à construção 
- do esplendoroso edifício da escola primária do Barril de Alva, em parceria com José Freire de Carvalho e Albuquerque, Abílio Nunes dos Santos e Joaquim Nunes dos Santos; 
- da antiga sede da Filarmónica Barrilense (agora, depois de recuperada acolhe um projeto cultural de inegável importância na comunidade: a Casa/Museu “OS BARRILENSES SÃO ASSIM”, frase emblemática dita vezes sem conta pelo seu filho A.I.A.C.O); 
- da igreja matriz do Barril de Alva, que tem como orago S. Simão. 
Infelizmente, Joaquim Mendes Correia de Oliveira faleceu relativamente novo. 
A lista de pessoas de bem fazer, não sendo extensa pela leitura das marcas de avultadas obras, é, no entanto, enorme pelo espírito solidário de quem nasceu barrilense ou sente como sua esta mesma “pátria”. 
Voltaremos ao assunto.

 

 

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Oferecida à sua terra


Para que haja memória na família barrilense, nos últimos tempos têm sido publicados alguns respigos da história do Barril de Alva. Desta vez faz-se luz sobre uma das placas de granito que encimam a porta principal da Igreja Matriz.
De forma clara, pela leitura, ficamos a saber que a capela em honra de S. Simão foi construído em 1819 e reconstruida em 1911. No entanto, segundo o padre Luís Cardoso, de Vila Cova de sub-Avô (?), "no ano de 1727 o lugar do Barril tinha “… vinte e nove vizinhos“ e as ermidas de S. Simão, S. Aleixo e Santa Maria Madalena, cada uma no seu casal".
Sem outras pesquisas, por desnecessárias para “deslindar” o significado das iniciais gravadas numa das pedras da fachada, importa descodificá-las:
 

À.S.T.O.
“À SUA TERRA OFERECE” 

J. M. C. O. 

“Joaquim Mendes Correia de Oliveira”

Tudo leva a crer que em 1819 a “ermida” em honra de S. Simão foi sujeita (?) a profundas alterações na volumetria e considerada como um novo edifício...
Depois do lugar do Barril obter a sua independência administrativa em 25 de Julho de 1924, o processo para designar a capela como igreja matriz demorou algum tempo.
A partir de então o sacerdote passou a celebrar a missa principal dominical na nova igreja, entretanto redecorada.
Na génese do enriquecimento patrimonial do lugar, a par de outros, sobressai o nome do benemérito barrilense Joaquim Mendes Correia de Oliveira, pai de outra destacada figura no desenvolvimento do Barril de Alva: António Inácio Alves Correia de Oliveira – AIACO.
Voltaremos ao assunto. 

 


sábado, 22 de agosto de 2020

O “lapso” do Boletim Municipal de Arganil

 

O carteiro deixou na minha caixa de correio o Boletim Municipal de Arganil referente ao mês de agosto. Atento às fotografias, resumi a leitura das notícias, exceto as que dizem respeito à União de Freguesias de Coja e Barril de Alva - li tudo, de “fio a pavio”!

Agradado com as “precisas e concisas” notícias de boas obras - mesmo boas! - no “melhor pano cai a nódoa”, e logo nas coisas da minha terra, o Barril de Alva:

- O repórter (?) de serviço ao ato inaugural da casa/museu “Os Barrilenses são assim” bem podia ter alinhavado uma ou duas linhas sobre o alto patrocínio da União e Progresso do Barril de Alva - UPBA, que custeou a totalidade das obras  da antiga sede da  Filarmónica, segundo afiançou António Figueiredo (mais conhecido entre os seus pares por “Tonecas”), presidente da UPBA. Omitindo o facto, as “boas intenções” dos leitores ficam  com a ideia (errada) de que, possivelmente, a  Câmara Municipal deu uma “ajudinha”  no pagamento das despesas…

Sobre o patrocínio da UPBA “estamos conversados”.

…Quanto à “atribuição” da presidência da Associação Filarmónica Barrilense a Flávio Martins, a “coisa” muda de figura, por não ser verdade: o conhecido barrilense Carlos Nobre é o homem da “batuta” na gerência da Filarmónica. Ponto.

Convinha retificar “o lapso” no próximo Boletim.

Carlos Ramos

sexta-feira, 31 de julho de 2020

"Dia da Árvore"

A árvore em primeiro plano, que faz por crescer, foi plantada pelo Dr Fernando Vale no "Dia da Árvore" em 1996 - esta e outra que ainda existe junto à entrada da Casa do Povo do Barril de Alva, e outras duas perto da esplanada do "Bar da Banda", no Barril de Alva. Infelizmente foram cortadas...

sábado, 25 de julho de 2020

A nova Junta de Freguesia











A primeira Junta da nova Freguesia do Barril de Alva foi eleita em 21 de setembro de 1924 e era composta pelos seguintes barrilenses
EFETIVOS
Albano Nunes dos Santos
José Coelho  Nobre
António Brito Simões
José Maria de Paiva
José Martins de Carvalho
SUPLENTES
Albano Brito Simões
Manuel Marques Correia
José Luís Marque
Francisco Correia Rijo
António Valentim dos Santos

Interinamente, foi nomeado como regedor, Joaquim Jacinto Coelho Nobre.
No ano  seguinte, o primeiro aniversário da nova freguesia foi festejado no dia 15  de  julho por ter sido nesse dia, em 1924, que o Senado do Congresso da República aprovou a Lei da criação da nova  freguesia.
A partir de 1926 a data histórica a ser comemorada, de forma definitiva, passou  para  o dia 25 de julho.

Marcha do Barril de Alva


MARCHA DO BARRIL DE ALVA
Letra de João Maria Tudela
Música de João Maria Tudela

- Oferecida ao saudoso António Silvestre,
 vindo de Lourenço Marques (atual Maputo) -

Esta marcha vai
Na rua a passar
No Barri de Alva
Toda a gente sai
Para a ouvir cantar
Cantai raparigas
Que as vossas cantigas
É que vão ganhar
Toda a gente canta
A todos espanta
Porque é popular

Tanto no casal do baixo
Como no casal de cima
Toda a gente se quer bem
E toda a gente se estima
Se alguém te quiser mal
Não tens nada que temer

Pois lá tens o regedor
Pois lá tens o regedor
Que te ha de defender
-

Arquivos  do A.I.C.O.





quarta-feira, 22 de julho de 2020

Crónica da Serra (2)






 (…) tudo começou (a conversa lá de casa) pela recordação de um passeio, rio acima. “(…) Na ocasião, o “Farrosca” tinha colocado a roda (…) ”
E o Zeca Valentim, recordo-me perfeitamente, adiantou: “Nunca mais se faz o açude na ponte (…) 
CA / 1977 (?)
O açude foi feito, mas o “sol foi de pouca dura”…


Crónica da Serra (1)


Retornei de Moçambique  com as "mãos a abanar" - nem três louvores, três, obtidos durante quase quatro anos ao serviço da tropa me trouxeram “honra e glória”.
Eu, o retornado…
Um quarto de século  depois, as memórias da minha aldeia  eram intensas, principalmente dos quatro anos  passados na escola primária, no Barril de Alva, onde aprendi a "ler, a fazer contas" e outras coisas mais...
Fiquei por Lisboa…
No uso da enxada como “aprendiz de jornalista” desbravei caminhos sinuosos e inclinados…
.. e assim fiquei, até aos dias de hoje: “aprendiz de tudo”!
Nesse tempo de incertezas, fui repórter e cronista.
Durante algum tempo, num semanário publicado em Lisboa, mantive uma secção denominada “CRÓNICA DA SERRA”. Vem daí o uso “abusivo”  de chamar “minha” a Serra do Açor. É minha, a serra, e de quem a quiser sua, desde que lhe tenha  algum tipo de amor, talvez um pouco de paixão, que é coisa  com pouco alcance  físico. Espiritualmente, não.
É por aí, nesta mescla de sentimentos e emoções, que (também) me entendo com a terra onde nasci: amor quanto baste e uma pitada de paixão, sem exageros desmedidos - existem outras “pátrias” que me preenchem o espírito, a alma.
… mas o Barril de Alva, ai o Barril de Alva!!!




sexta-feira, 10 de julho de 2020

Há 493 anos, no lugar do “Baril”, moradores eram 10


No dia 12 de julho de 1527, a mando do rei D. João III, foi organizado o Cadastro da População do Reino. Quando terminaram os censos, em 1532, os resultados davam conta de que no concelho de Coja residiam 531 pessoas.
No livro “Espariz - subsídios para a sua História”, escrito em 1991 pelo falecido padre Dinis, o autor divulga a população do extinto concelho.
Na vila de Coja, por exemplo, moradores eram  83; no lugar do Baril, 10; na  Esculca, 17;  no Pisão, 4;  no lugar Desparyz 28; em Vila Cova, 89: na Cerdeira, 33; na Bemfeyta, 18; no  Salgueirall, 22; em  Vinhoo,7... etc.etc.
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Cadastro da População do Reino (1527) - por João Maria Tello de Magalhães Collaço, Lisboa 1939

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Beneméritos oferecem o cemitério ao Barril




O cemitério do Barril de Alva foi construído por Abílio Nunes dos Santos, um dos proeminentes filhos do Barril de Alva, em terreno do “senhor da Casa do Barril (Quinta de Santo António)”, António Freire Carvalho e Albuquerque.
Para que a memória não se perca, publica-se parte de um documento sobre a doação do referido cemitério.


Cópia de parte da ata da sessão da Comissão Executiva da Câmara Municipal de Arganil, de 11 de março de 1920.
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DELIBERAÇÕES: “Tendo-se apresentado nesta sessão o cidadão Albano Nunes dos Santos, do Barril, declarou que fazia entrega à Câmara dum cemitério construído naquele povo por seu irmão Abílio Nunes dos Santos, em terreno de António Freire de Carvalho e Albuquerque, com a condição de que o espaço de terreno designado na planta que aqui fica arquivada, sob os números 3, 4 e 5 se considera  pertença da família Nunes dos Santos, e o designado sob os números 6 e 7 da família  Freire de Carvalho,  e ainda também  com a condição de que, se no referido povo do Barril se constituir algum dia uma freguesia, para a Junta respetiva se transfira a administração e a propriedade do mesmo cemitério.-Considerando que o estabelecimento de cemitérios é atribuição da Câmara, como se vê no número 25 do artigo 94 da Lei de 7 de agosto de 1913, mas considerando, por outro lado, que aqui se trata de cemitério já construído, sem qualquer dispêndio da mesma Câmara e que ele é necessário; considerando ainda que a aceitação do mesmo cemitério não resulta encargo, visto que as despesas de conservação ficam  bem garantidas pelas vendas das sepulturas, delibera esta Comissão:-----------------
1.º Louvar o cidadão Abílio Nunes dos Santos pelo melhoramento que dotou a sua terra natal, o qual é e continuação de outros mais,  que lhe dá direito  à gratidão do povo;--------
2.º Aceitar a doação nos termos em que foi feita salvos outros direitos de preferência , caso a Câmara na próxima sessão plenária o entenda por bem;------------
3.º Louvar o cidadão António Freire pela cedência gratuita do terreno do dito cemitério".---
*
Está conforme
Arganil, secretaria da Câmara Municipal, 15 de março de 1955
O Chefe da Secretaria
(ilegível)-
-
Fonte: Câmara Municipal de Arganil

Alberto Moura Pinto


Alberto Moura Pinto 
Nasce em Coimbra, no dia 4 de Abril de 1883, registado como o nome de Alberto Marques. Cursa Direito na Universidade de Coimbra. No período monárquico desempenha o cargo de Administrador Régio do Concelho de Arganil e de Procurador Régio, em Miranda do Douro e São João da Madeira. Mação, está inscrito na Loja Tenacidade, de Coimbra, com o nome de Passos Manuel. Em 1910, participa nas movimentações para a implantação da República, cooperando na Junta Revolucionária de Coimbra. Como deputado, integra as Constituintes de 1911, representando o Círculo de Arganil e cumpre mandatos sucessivos na Assembleia, pelo Partido Unionista, envolvendo-se numa célebre polémica com Veiga Simões, tendo, como pano de fundo, a ida do caminho-de-ferro para Arganil. Com a ascensão de Sidónio Pais, Moura Pinto exerce o cargo de Ministro da Justiça, entre 11 de Fevereiro de 1917 e 7 de Março de 1918. É responsável pela alteração da Lei da Separação entre a Igreja e o Estado.
Em desacordo com a ditadura militar, participa na rebelião de Junho de 1930, tendo sido preso e deportado para os Açores. No ano seguinte, aproveitando a possibilidade de fuga durante a Revolta de 1931, parte para Espanha onde, com Jaime  de Morais e Jaime Cortesão, formam o “Grupo de Madrid”, alcunhados de “Budas”.
Em 1934, uma mudança política em Espanha coloca a direita no poder; os socialistas projectam um golpe, com o auxílio dos exilados portugueses e das armas que, até então, lhes eram fornecidas com o beneplácito do regime deposto. Descoberta a trama, Moura Pinto é enviado para a Prisão Modelo, em Madrid, entre 1934 e 1935. Em 1936, com a vitória da Frente Popular, seguida do golpe de Franco e da Guerra Civil, os Budas declaram a sua fidelidade à República de Espanha, participando na luta contra Franco. O grupo acompanha a mudança do governo republicano para Barcelona, de onde Moura Pinto é transferido para a França; aí actua em prol dos republicanos, buscando auxílio  para o Plano Lusitânia, que pretendia organizar uma invasão de Portugal pelos resistentes portugueses para acabar com o regime de Salazar e sua colaboração com o franquismo. O avanço das tropas franquistas põe fim ao intento dos exilados lusos.
Em 1939, Moura Pinto é obrigado a buscar refúgio no Brasil, na iminência de ser deportado para Portugal, depois de ter sido preso em território francês por estar irregular no país. Com a chegada ao Brasil de Cortesão e Morais, prossegue a sua actividade como oposicionista, integrando o Comité Português Anti-Fascista, criado no Rio de Janeiro em 1945. Neste período,  retoma os contactos com os republicanos espanhóis exilados,  nomeadamente com       o sector galego, comandado por Castelão, a quem os Budas entregam uma credencial para que ele possa representar os exilados portugueses na Assembleia das Nações  Unidas.  Estabelece  contactos como o Movimento de Unidade Democrática, fazendo publicar, em jornais brasileiros, diversos textos contra o regime de Salazar. Durante a campanha de Norton de Matos é o encarregado da angariação de fundos junto dos anti-salazaristas a residir naquele país. Na década de cinquenta, Moura Pinto participa nos debates sobre o problema colonial e o posicionamento de Portugal na questão da Goa. Regressa  a Portugal em 1957. Com Jaime Cortesão, antigo companheiro de exílio, apoia com relutância a candidatura de Humberto Delgado.
Faleceu a 9 de Março de 1960.
-

domingo, 5 de julho de 2020

Nova freguesia - Projeto de Lei



Em 24 de abril de 1924 foi tornado público o projeto da lei  que foi apresentado ao Parlamento pelo Dr. Alberto Moura Pinto, deputado pelo círculo de Arganil, para que fosse criada a  freguesia do Barril de Alva.


"Senhores deputados:
A freguesia de Vila Cova Sub-Avô, no concelho de Arganil, é uma das mais antigas do país e compõe-se de várias povoações, entre as quais figura a povoação do Barril. Tanto a povoação que faz a sede, como esta última se têm desenvolvido consideravelmente há uns anos a esta parte, mercê do esforço dos seus habitantes, que na sua maior parte procuram em Lisboa, onde constituem numerosa, ativa e honesta colónia, e no Brasil e América do Norte, angariar uma abastança com que regressem aos seus lares.
O Barril, apesar de ser o povo de constituição mais recente, atingiu tal desenvolvimento que hoje, por si só, se sente capaz de formar organismo administrativo à parte, tendo-se dotado gradualmente de todos os elementos que o impõe à consideração do Estado e da opinião pública.
Assim, e sem intervenção do Estado, construiu, a expensas da benevolência particular dos seus mais ilustres conterrâneos, casas de escola para os dois sexos, cemitério público, ampliação de uma capela transformada em igreja, conservação e melhoria dos seus caminhos, valioso comércio local, etc, elementos estes que, ao passo que foram sendo criados, lhes fizeram ganhar consciência da sua independência e um vivo desejo de a obter.
Separadas as duas povoações pelo rio Alva, às margens do qual estão fundadas, este desejo, afervorou-se a tal ponto que as duas povoações, que entre si têm laços estreitos de parentesco, começaram de não se entender e, por equívocos repetidos, se encontram hoje em aberta hostilidade, a que tudo serve de pretexto.
O natural amor pela independência, que não é contrariado sequer pela maioria dos habitantes da sede, degenerou em lamentável rixa, que inevitavelmente produzirá graves conflitos, se o Estado não acudir, separando o que a natureza das cousas não permite ter já reunido.
A índole das duas povoações é pacífica e generosa e só estes sentimentos, postos em jogo pelos dirigentes políticos de todas as matizes têm conseguido evitar desastrosas consequências, a que o orgulho e o brio de cada uma, levado a um grau de desatinada paixão, podem levar povoações desavindas.
O signatário garante ao Congresso da República que neste desejo não há nenhum intuito de pessoal ou mesquinhas política, dando-se até a circunstância de viver e ter os seus haveres na velha freguesia de Vila Cova, à qual continuará a pertencer.
O signatário está e quer estar alheio aos incidentes que as paixões mútuas fazem surgir, desejando apenas o bom nome, a prosperidade e o sossego a que os seus conterrâneos têm direito, pela vida honrada que sempre levaram.
A apresentação do presente projeto é, pois, somente inspirada no propósito de justiça, na verificação de um facto de ordem social que tem o seu determinismo e a que é absurdo opor obstáculos: a povoação do Barril atingiu a sua maioridade e a de Vila Cova não carece de ela para a sua vida, e só a independência administrativa garantirá a boa ordem, a calma nos espíritos e o regresso aos bons tempos de harmonia.
Pelos documentos juntos prova-se a razão do pedido. E porque as duas povoações, à beira do Alva, desejam tomar como apelido o nome do seu rio, o que as distinguirá de outras terras, com a sua denominação, submeto à apreciação de vv.exªs, o projecto que se segue, em que se faz a criação da freguesia do Barril e se satisfaz esta última aparição".
PROJECTO DE LEI
Artº 1º - É desanexada da freguesia de Vila Cova Sub-Avô, concelho de Arganil, a povoação do Barril, a qual passará a constituir uma freguesia, denominada Barril de Alva, ficando as duas freguesias delimitadas entre si pelo rio Alva, afluente do Mondego.
Artº 2º - A freguesia de Vila Cova Sub-Avô passará a denominar-se Vila Cova de Alva.
Artº 3º - Fica revogada a legislação em contrário”.


sábado, 4 de julho de 2020

Do Barril de Alva a Avô

O padre José Vicente, que usava o pseudónimo Gil Duarteem 24 de setembro de 1943 publicou na “Comarca de Arganil” uma das suas  “crónicas de viagem”, de onde  se retira a seguinte passagem:

“Do Barril de Alva a Avô, a vista espraia-se pelo maravilhoso cenário que vamos atravessando.
Os campos admiravelmente “atapetados” de verdejantes milheirais sorriem-nos prometedores. A penderem os muros sarmentosas variegadas - albergues dos passarinhos.
Ao lado, o Alva, serpenteando-se, escondendo-se por entre os arbustos que orlam as suas margens.
Aqui e ali, uma ou outra moradia, senhora de extensas várzeas, onde a simplicidade se casa com o silêncio.
Além, surge-nos agora, donairosa a povoação. O sr. Padre  Nunes Pereira, cheio de gentileza não espera que pergunte ,mos.
Diz-nos que se trata de Vila Cova de Alva, outrora Vila Cova de sub-Avô.
 Avançamos e, em breve, estávamos em Avô, a célebre rainha castelã que outrora foi sede de concelho, mas que será sempre gloriosa, mesmo depois de vencida (…)”.
(AIACO . "Ecos do Alva", setembro de 1969)
-
 O padre José Vicente foi redator de “A Comarca de Arganil”, em Lisboa, pároco em Coja e outros lugares. e pertenceu aos quadros redatoriais do jornal Época, de Lisboa.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Casal Cimeiro


"Ontem"...

A aldeia do Barril de Alva está distribuida por três casais: Casal Cimeiro, Casal do Meio e Casal Fundeiro. Possivelmente,  esta vista do Casal Cimeiro é a única conhecida dos tempos em que os campos eram tratados com rigor. O palacete  da família Nunes dos Santos, junto à mancha de eucaliptos, e no lado oposto, na margem direita da fotografia,  a Quinta das Mimosas sobressaem  na paisagem

Hoje


terça-feira, 23 de junho de 2020

Barrilense ilustre


José Quaresma Nunes dos Santos nasceu a 29 de Novembro de 1923 na aldeia de Barril de Alva. Depois de acabar a escola primária nesta localidade, com nove anos ingressa no Liceu José Falcão, em Coimbra. 
Em 30 de Novembro de 1946 termina o curso de Matemáticas Puras, recusando o convite para se tornar assistente na mesma universidade; pede equivalências do seu primeiro curso e, no ano seguinte, completa Engenharia Geográfica.Começa a trabalhar para o IGC (Instituto de Geografia Cadastral) no Departamento de Geodesia, fazendo trabalhos de Triangulação, Nivelamento de Alta Precisão, efetuando várias viagens em trabalho por todo Portugal. Casa-se a 17 de Julho de 1948 com Maria Teresa das Neves de Jesus Santos Nunes dos Santos.
Sai do IGC para se juntar ao IITC (Instituto de Investigação Científica e Tropical), nomeadamente à MGM (Missão Geográfica de Moçambique) em 1953, fazendo viagens de seis em seis meses para Moçambique até 1964. Em 1964, com a saída de um Decreto-Lei acerca da permanência de alguns engenheiros (chamados residentes) nas províncias portuguesas, muda-se com a família (Mulher e filhos) para Lourenço Marques, onde permanece residente até 1974, realizando os trabalhos que já exercia no IGC, tal como Medições de Base, Gravimetria e Astronomia, agora para a MGM.
Após o regresso para Portugal mantém o seu cargo na Repartição da MGM na Praça João do Rio n.º 2, em Lisboa, sendo esporadicamente convidado para fazer trabalhos técnicos para o LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), como por exemplo a manutenção de barragens, em particular a manutenção da barragem da Agueira, onde efetuava observações, até à sua morte no dia 24 de Abril de 1983.
(Recolhido por Carla Ramos, natural de Moçambique - arquiteta paisagista). 
. Foto cedida gentilmente pela família Nunes dos Santos - texto de Tiago Hirth 

sábado, 23 de maio de 2020

O fim de (quase) tudo



Por vezes as pessoas do meu tempo de menino com quem me cruzo na aldeia, quando é caso disso, falam do passado com nostalgia. Não por terem vivido no desafogo de oportunidades que permitissem opções diferentes das que escolheram ao longo da vida, mas pela lembrança dos campos cultivados, principalmente os grandes espaços agrícolas situados nas margens do rio – basta olhar para a fotografia que deu azo a esta croniqueta para perceber como o fim de (quase) tudo faz parte das nossas vidas.
Os últimos censos, realizados em 2011, mostraram a pequenez do futuro do Barril de Alva quanto ao número de habitantes.
De então para cá, retornaram (alguns) filhos da terra na esperança de sossego e ar puro.
Aumentou a presença da comunidade estrangeira na esperança de sossego e ar puro.
Que conste, a opção agrícola não faz farte dos planos de vida dos novos residentes. Talvez façam crescer ligeiramente os números dos censos de 2021, mas dificilmente terão “voz ativa” na comunidade…
O tempo de agora, para quem chega, é de calmaria.
como há um fim para (quase) tudo, "carpe diem” -  a vida é breve.




domingo, 8 de março de 2020

Toponimia do Barril de Alva

Texto publicado   no dia 7 de maio de 2013 no blogue da extinta Junta de Freguesia
..........
Breves notas

Dando cumprimento ao que a Lei determina, o executivo da Junta, de acordo com as suas competências, propõe à Assembleia a aplicação de denominações à rede viária da Freguesia.
  Naturalmente, mantiveram-se as designações existentes, na sua maioria honrosas homenagens a cidadãos que, de uma forma ou de outra, contribuíram para o engrandecimento do Barril de Alva.

   A história de uma aldeia como a nossa está associada a datas, gentes e costumes, sítios e lugares que a tradição mantém vivos na fala e na escrita do povo, quantas vezes desconhecendo em absoluto o verdadeiro significado de termos como “Vale Poleireiro” “Linharzinho”, “Chiqueirão” …

É nosso entendimento que as tradições consolidadas do passado devem ser preservadas no presente, projetando-as no futuro de modo a que os vindouros se reconheçam na herança a que têm direito: uns, pelo nascimento; outros, ou pela adoção deste torrão como “pátria” sua.

  Além das figuras ilustres, também a Filarmónica perpetua a sua importância na comunidade - falta homenagear os músicos! Simbolicamente, ao propormos a designação do “Pátio dos Músicos” a um pequeno espaço do território urbano, prestamos singela homenagem a todos os filarmónicos que há mais de um século sustentam com a sua arte a Associação Filarmónica Barrilense.

Na sequência da aprovação da lei da Reforma Administrativa do Poder Local, o desaparecimento dos órgãos autárquicos não podia deixar de ser referenciado na toponímia da Freguesia.

  Miguel Torga, um dos maiores escritores e mestres da língua portuguesa, de visita ao Barril de Alva (e por certo ao seu amigo Alberto Martins de Carvalho), no seu “Diário”, depois de contemplar o Alva, cita o “nosso” rio:

        -“Barril de Alva, 27 de Setembro de 1942 – É bonito, o Alva! Manso, claro, calado…”

Torga continuou preso aos encantos do Alva; no dia seguinte, volta a associar o nome do Barril de Alva à “SAUDAÇÃO” com que brinda uma simpática ave ribeirinha…

Barril de Alva, 28 de Setembro de 1942

Não sei se comes peixes se não comes,
Irmão poeta Guarda-Rios:
Sei que tens céu nas asas e consomes
A força delas a guardar os rios.

È que os rios são água em mocidade
Que quer correr o mundo e conhecer;
E é preciso guardar-lhe a tenra idade.
Que a não venham beber...

Ave com penas de quem guarda um sonho
Liquido fresco, doce:
No meu livro te ponho,
E eu no teu rio fosse...


O nome de Miguel Torga, por múltiplas razões, “fica muito bem” na rua que o levou ao encontro do seu “irmão poeta Guarda - Rios”… no Barril de Alva!

Junta de Freguesia do Barril de Alva, 12 de Abril de 2013

TOPONÍMIA
*
NOTA: OS NÚMEROS ANTERIORES AOS NOMES  REFEREM-SE À LOCALIZAÇÃO NO MAPA DA FREGUESIA
*
CALÇADAS
39 – António Nunes dos Santos

CAMINHOS
63 – da Eira

ESTRADAS
12 - da Maria Gil
48 – Nova

LARGOS
35 - Sta Maria Madalena
40 - José Freire de Carvalho e Albuquerque
46 - do Chiado
51- do Chafariz
54 - Fonte Lourenço
55 - Comendador José Simões Silvestre
56 - da Feira

LOTES
58 - Lote A
59 - Lote B

PÁTIOS
36 - dos Músicos

PRAÇA
37 - Alberto Martins de Carvalho

RUAS
1 - 29 de Setembro
2 - da Picota
3 -  da Moenda Velha
4 - do Colaço
5 - da Fonte Nogueira
6 - dos Passarinhos
7 - do Linharzinho
8 -  Constantino da Costa Simões
9 -  Albertino Correia Madeira
10 - José Martins de Carvalho
11 - Miguel Torga
14 - António Freire Carvalho e Albuquerque
15 - José Monteiro Carvalho e Albuquerque
16 - da Boa Vontade
17 - Joaquim Mendes Correia de Oliveira
18 - dos Pinheirais
19 - da Filarmónica Barrilense
20 -José Valentim dos Santos Leal
21 - Alberto Bernardo Simões
22 - Abílio Figueiredo
23 - Abílio Nunes dos Santos
24 - António Nunes Fernandes
25 - do Areeiro
26- União e Progresso do Barril de Alva
27 - da Fontinha
28 - Joaquim Silvestre
29 - do Sobral
30 - Luís dos Santos Marques Gouveia
31- da Ribeira
32- das Hortas
33 - Joaquim Madeira
38- da Quinta das Mimosas
41- do Vale Poleireiro
42 - das Medas
43 - dos Vales
44 - 25 de Julho
45 - CIEBA
47 - Cidade de Almada
49 - da Paragem
52 - do Ribeirinho
57-  do Moinho
61 - dos AABA
64 - do Chiqueirão

TRAVESSAS
13 - do Casal da Vinha
34 - do Chafariz
50 - da Cidade de Almada
53 - do Forno
60 - do Olival
62 - da Eira

 Aprovado na reunião da Junta de Freguesia de 08 de Abril de 2013

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TOPONÍMIA

LOCALIZAÇÃO DAS CALÇADAS, CAMINHOS, ESTRADAS, LARGOS, LOTES, PÁTIOS, PRAÇAS, RUAS E TRAVESSAS
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1 – Rua 29 de Setembro - da R. 25 de Julho (44) ao entroncamento para o Calvino
2 – Estrada da Picota - da R. Cidade de Almada (47)  ao cruztº da R. do Areeiro (25)

3 – Rua da Moenda Velha – da Estrada da Picota (2)  / direcção à Moenda Velha

4 - Rua do Colaço - da R. C. Almada (47) / direcção  ao Colaço

5 – Rua da Fonte Nogueira -  da R. C. Simões (8) ao entroncamento das ruas 6, 7 e 49

6 - Rua dos Passarinhos - da R. C. Almada  (47) ao entroncamento das ruas  5, 7 e 49

7- Rua do Linharzinho - do entroncamento das ruas  5,6 e 49 à Quinta do Barbeiro

8 - Rua Constantino da Costa Simões – da Rua José M.C. (10)  direcção  à Ribeira

9 - Rua Albertino Correia Madeira - da R. C. Almada (47)  à Estrada Miguel Torga (11)

10 - Rua José Martins de Carvalho - do Largo do Chafariz (51) à R. C. Almada (47)

11- Rua Miguel Torga - do Largo do Chiado (46) à ponte

12-.Estrada da Maria Gil - da R. Miguel Torga (11) / direcção à Maria Gil

13 - Travessa do casal da Vinha -  da Est. da M. Gil (12)  / direcção ao Farrosca

14 - Rua António Freire de Carvalho e Albuquerque - do Lg. José F. C.A. (40) à Q. Stº A.)

15 - Rua José Monteiro Carvalho e Albuquerque - da R. Antº. Freire (14) às 16, 17 e 52

16- Rua da Boa Vontade – da R.J.M.C.A. (17) à R. do Ribeirinho (52)

17- Rua Joaquim Mendes Correia de Oliveira - da R. A. Freire (14) à R. José  M.C.A. (15)

18 – Rua dos Pinheirais - da Rua 29 de Setembro (1) à R. António Freire C. e A (14)

19- Rua da Filarmónica Barrilense - a R. António Freire (14) à R. José Valentim (20)

20- Rua José Valentim Santos Leal - da R. 25 de Julho (44) ao Lgº da F. Lourenço (54)

21- Rua Alberto Bernardo Simões - da R. 25 de Julho (44) / direcção à Eira)

22- Rua Abílio Figueiredo - da Rua  da  CIEBA (45)  à R. José Valentim (20)

23- Rua Abílio Nunes dos Santos -  da Rua  da UPBA (26) ao entronctº das ruas 24, 48 e 57

24- Rua António Nunes Fernandes - do Lg  do chafariz  (51) ao entctº das  ruas 23, 48 e 57

25- Rua do Areeiro - do cruz. da R. da Paragem (49) à estrada/ Picota (2)

26 -Rua União e Progresso - da R Abílio N. Santos (23) ao Lg S.M. Madalena (35)

27- Rua da Fontinha - da R. UPBA (26) o Quim / Belarmino

28- Rua Joaquim Silvestre - da Rua 25 de Julho (44) ao  Joe Dimed

29 - Rua do Sobral - da Rua J. Silvestre ( 28) à  Rua  do Vale Poleireiro (41)

30 - Rua Luís dos Santos Marques Gouveia - da Rua UPBA (26)  à R. Joaq. Silvestre (28)

31- Rua da Ribeira - da Rua UPBA (26) ao “Zé Nunes”/Hortas

32- Rua das Hortas - da Rua  Joaquim Madeira (33) ao Cristiano

33- Rua Joaquim Madeira – do Largo da .  Stª M. M. (35)  à Rua  das Medas  (42)

34- Travessa do Chafariz - do Largo da Stª M.M. (35) à Rua  Joaquim Silvestre (28)

35- Largo St M. Madalena - à capela

36 -.Pátio dos Músicos - da R. UPBA (26) ao Alberto

37 - Praça Alberto Martins de Carvalho – à Escola

38 – Rua da Quinta das Mimosas - do Largo do chafariz (51)  ao Civado

39 - Calçada António Nunes dos Santos - do Lg do chafariz (51) à Rua 25 de Julho (44)

40 - Largo José Freire de Carvalho e Albuquerque - da R. 25 de Julho (44) / às R.  14 e 46

41 - Rua do Vale Poleireiro - da R. 29 de Setembro (1)  à Rua  do Sobral  (29)

42 - Rua das Medas - da R. Joaquim Madeira (33) às Medas

43 - Rua dos Vales - da Rua Abílio Figueiredo (22) à Rua dos Pinheirais (18)

44 – Rua 25 de Julho - do Largo José Freire C.A. (40) à  Rua  29 de Setembro (1)

45 – Rua CIEBA - do  Largo da  F. Lourenço (54) à Rua  29 de Setembro (1) 

46 – Largo do Chiado - das Ruas 11 e 47 ao Largo José Freire C.A (40)

47 – Rua Cidade de Almada - do Largo do Chiado (46) à Estrada da Picota (2)

48 – Estrada Nova - da Rua 25 de Julho ao entroncamento das ruas 23, 24 e 57

49 – Rua da Paragem - da R. Cidade de Almada (47) ao entroncamento das ruas . 5,  6 e 7

50 – Travessa da Cidade de Almada - da Rua Cidade de Almada (47)  ao Alcides

51 – Largo do Chafariz - ao Casal do Meio

52 – Rua do Ribeirinho - da Rua J.M.C.A.(15) ao Ribeirinho

53 – Rua do Forno - da R. dos Pinheirais (18) à Rua  dos Pinheirais (18)

54 – Largo da Fonte Lourenço - ao chafariz

55 – Largo Comendador José Simões Silvestre - nas traseiras da sede da Filarmónica

56 – Largo da Feira - nas traseiras da escola

57 - Rua do Moinho – do entroncamento das Ruas 23, 24, e 48 à Ribeira

58 - .Lote A - loteamento às Medas – da Joaquim Madeira (33) às Medas

59 - Lote B -  loteamento às Medas – do Lote A  (58) às Medas

60 – Travessa do Olival - da Rua  Joaquim Silvestre ( 28)  ao cruztº das ruas  33 e 34

61 - Rua dos Autocaravanistas Amigos do Barril de Alva -AABA -  da Rua Miguel Torga                                              ( 11) às traseiras do P. de Merendas AIACO

62 - Travessa da Eira - da  Rua Miguel Torga (11)  ao Caminho da Eira (63)

63 - Caminho da Eira - da Rua dos AABA (61)  à Eira

64 - Rua do Chiqueirão - da Estrada da Maria Gil (12) ao “porto”
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Legenda:  AZUL -  ruas oficiais/  NEGRITO  -  ruas c/ nova denominação

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 DIVISÃO POR BAIRROS

CASAL CIMEIRO (15 ruas)

23 . 26 . 27 . 28 . 30 . 31 . 32 .33 . 34 . 35 . 36 . 42 . 58 . 59 . 60


SOBRAL (3 ruas)

1 . 29 . 41


FONTE LOURENÇO ( 12 ruas)

19 . 20 . 21 . 22 . 37 . 43 . 44 . 45 . 48 . 54 . 55 . 56

CASAL DO MEIO (6 ruas)

10, 24, 38, 39, 51, 57


CASAL DE BAIXO ( 13 ruas)

11 . 14 . 15 . 16 . 17 . 18 .  40 . 46 . 52 . 53 . 61 . 62 . 63


FONTE NOGUEIRA (15 ruas)

2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 . 9 . 12 . 13 . 25 . 47 . 49 . 50 . 64