Retornei de Moçambique com as "mãos a abanar" - nem três
louvores, três, obtidos durante quase quatro anos ao serviço da tropa me
trouxeram “honra e glória”.
Eu, o retornado…
Um quarto de século depois, as memórias da minha aldeia eram
intensas, principalmente dos quatro anos passados na escola primária, no
Barril de Alva, onde aprendi a "ler, a fazer contas" e outras
coisas mais...
Fiquei por Lisboa…
No uso da enxada como “aprendiz de jornalista” desbravei caminhos sinuosos
e inclinados…
.. e assim fiquei, até aos dias de hoje: “aprendiz de tudo”!
Nesse tempo de incertezas, fui repórter e cronista.
Durante algum tempo, num semanário publicado em Lisboa, mantive uma secção
denominada “CRÓNICA DA SERRA”. Vem daí o uso “abusivo” de chamar “minha” a Serra do Açor. É minha, a
serra, e de quem a quiser sua, desde que lhe tenha algum tipo de amor, talvez um pouco de
paixão, que é coisa com pouco
alcance físico. Espiritualmente, não.
É por aí, nesta mescla de sentimentos e emoções, que (também) me entendo
com a terra onde nasci: amor quanto baste e uma pitada de paixão, sem exageros
desmedidos - existem outras “pátrias” que me preenchem o espírito, a alma.
… mas o Barril de Alva, ai o Barril de Alva!!!
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