sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

"Pinga amores"


A paixão, é dos “livros”, embriaga e deixa-nos tontos, desconcertados nas palavras e nas atitudes - que sei eu sobre os segredos deste nobre sentimento que outros desconheçam? Mesmo nada - é um “mal” que chega sem aviso prévio, instala-se o ”vírus” e pronto…
Já o amor… “O amor é um fogo que arde sem se ver (…)”, na certeza de Camões. 
Fico-me por este “fogo”, matéria delicada por entender que há vários tipos de amor, e volto à paixão - às minhas paixões; sendo várias, embarco, navego e afundo-me nelas. 
- “Fraqueza” minha, dirão - é verdade, assumo.
Quem me manda a mim apaixonar-me pela aldeia onde nasci, pela “minha” escola”, pela “minha” filarmónica, pelo “meu” rio que mata a sede de nós todos, banha o “meu” Urtigal” e faz mover a roda de alcatruzes no verão …
Sim, quem me manda a mim, “pinga amores”, inventar paixões que me embriagam e deixam tonto?
(Adaptado de um texto publicado em outubro de 2017 com o mesmo tíitulo)

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Casamento assim, "nunca visto" !

Embora privada, a festa, o Barril de Alva no dia 1 de setembro de 1957 "parou" para ver a elegância e o charme da Leninha, a noiva, filha da professora Jorgina Voz Jorge dos Santos, e do noivo, Luiz Gonzaga, possivelmente oficial da Marinha - farda de gala com a respetiva espada à cintura...
Os noivos, rigorosos nos trajos, faziam parte "de uma estória aos quadradinhos" - coisa nunca vista na terra, só nas fitas do cinema...
Desse dia guardo documento (talvez único...): a ementa, servida pelo Café Nicola, de Coimbra.


"...O casal, assim trajado, era um quadro vivo de uma estória aos quadradinhos..."





sexta-feira, 26 de julho de 2019

Rio Alva



Tirei a chinela do pé, 
Corri, molhando a saia
Senti cócegas frescas
Fiquei refescada.
A água do rio teima



Em correr apressada.
Meu pensamento vagaroso, 
Pensa: porque tem pressa a água?
Não saboreia o leito
Nem repousa no seu fundo
Ou aprecia as margens
Deste meu belo Alva.
Deixa-me repousada~
E no entanto vai apressda!
Oh, se a água parasse 
Ficava o rio sem vida., 
Sem graça, sem alma,
Água estagnada, doente, 
Matava...
Corre pois, água do meu Alva
Leva bons presságios para a costa
Vai majestosa, cristalina
Alimenta a alma peregreina 
E triste do beirão.
Sê água que cura e salva
Da tristeza e da solidão.
Sê alimento do coração

30.05.05

Fátima Faria  Rodrigues



quarta-feira, 24 de julho de 2019

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA UNIÃO E PROGRESSO DO BARRIL DE ALVA – I


25 DE JULHO - DIA DO BARRIL DE ALVA


Repete-se  a publicação do magnifico texto de Carlos Leal, antigo presidente da  UPBA  (União e Progresso do Barril de Alva). Para que conste e  as memórias desta notável instituição não se "apaguem"...


Completar-se-ão no próximo dia 17 de Março setenta e cinco anos de actividade da União e Progresso do Barril de Alva. A história desta insigne Instituição Barrilense estará ainda por contar, muito embora ela encerre um valiosíssimo património histórico no que concerne ao movimento associativo do concelho de Arganil do qual foi precursora nos idos anos trinta do século passado.

Com o país em bolandas devido a desentendimentos de carácter político que prejudicavam o desenvolvimento do país, e a posterior ditadura instaurada, fizeram com que Portugal estagnasse no tempo com todos os funestos resultados que daí advieram para a vida das populações, principalmente as localizadas no interior do país, votadas ao esquecimento e à sua sorte. O Barril de Alva, não foi excepção, mais a mais sendo uma recente freguesia criada em 1924, com as naturais dificuldades que se adivinham no início da administração daquela que viria a ser, definitivamente, a mais pequena freguesia do concelho de Arganil. Deparava-se, como é evidente, uma árdua tarefa aos responsáveis autárquicos à época, e sendo certo que estavam identificadas as variadíssimas obras necessárias para obviar as péssimas condições em que os Barrilenses viviam o seu dia a dia, faltavam, contudo, os meios financeiros necessários à sua consecução.    

E foi a pensar nestes inúmeros problemas, que um grupo de Barrilenses radicados na hoje denominada região da Grande Lisboa, que para ali partira à procura de melhores dias para si e para os seus, resolveu fundar a União e Progresso do Barril de Alva no intuito de procederem à angariação de fundos destinados a obras de melhoramentos necessários na sua amada terra. Esses homens, todos eles nascidos ou ligados por laços familiares muito fortes ao Barril de Alva, tinham as mais distintas ocupações profissionais, com a vida estabilizada, e a maioria com uma média de idades que se podia considerar jovem. Todavia, esses considerandos não obstaram a que se empenhassem nos seus desígnios e iniciassem um dos mais belos e bem sucedidos cometimentos que a terra do Barril de Alva jamais tivera. 
A primeira grande obra que resolveram efectuar, tinha prioridade extra devido ao estado precário em que os residentes no Casal Cimeiro se deslocavam. E, tomadas as providências necessárias, deitaram mãos à obra iniciando-se o alargamento do caminho precário que servia todos os habitantes daquela zona da Freguesia, ampliando-se também, com a demolição de umas casitas ali existentes, o largo da capela de Santa Maria Madalena. Não fora o facto de ter havido algumas melhorias para a população, e diríamos que o esforço tinha sido inglório, se considerarmos o facto todos os anos, com a chegada dos rigores do Inverno, a rua se transformar num lamaçal, tornando-a, por isso, intransitável em alguns locais obrigando os transeuntes a passarem sobre os muros ou, até, pelos terrenos particulares contíguos àquela artéria. Ao longo de cerca de quinze anos, a forma encontrada, dado não haver disponibilidade financeira para muito mais, foi ir-se obviando algumas das anomalias com o chamado remendo que, de todo, não solucionavam o problema.     

Até que, no ano de 1951, por altura dos festejos de S. João, se deslocou ao Barril de Alva uma delegação muito vasta de dirigentes da União e Progresso do Barril de Alva os quais puderam apreciar no local os problemas que continuavam a ter os habitantes do Casal Cimeiro no que respeitava às acessibilidades. Logo ali procuram saber junto dos responsáveis da Junta de Freguesia qual a disponibilidade financeira que dispunham para a definitiva conclusão da obra, desta feita com o calcetamento da rua que traria necessariamente a solução para os muitos problemas. Claro que, como se calcula, a Junta não tinha dinheiro para mandar cantar um cego quanto mais para fazer uma obra daquela natureza. Contudo, sabendo que era um melhoramento que não poderia ser mais adiado, os dirigentes da União e Progresso do Barril de Alva resolveram levar por diante a execução da obra, mesmo sabendo que os custos seriam elevadíssimos para os parcos proventos da Colectividade. Mas, se lhes faltavam os recursos financeiros sobrava-lhes imaginação, o que à partida era meio caminho andado para a obtenção dos fundos necessários para a consecução da obra.   

Uma grande campanha de angariação de fundos foi iniciada para a qual utilizaram diversas iniciativas, nomeadamente, almoços de convívio, espectáculos de variedades, quermesses, peditórios e a receita da quotização dos sócios. Também dos Barrilenses radicados em Moçambique, na então Lourenço Marques, se recebeu uma quantia ali angariada que se juntou ao já reunido pelos dirigentes em Lisboa, Almada e no Barril de Alva e que na totalidade perfazia a quantia de 13.272$00.

Entretanto, tinha-se começado a obra, inicialmente prevista fazer numa primeira fase que iria do cruzamento do caminho para a Ribeira, ao Casal do Meio, até às Almas e que incidia, sobretudo, na terraplanagem, alargamento, levantamento de muros, sistema de drenagem de águas pluviais e calcetamento. Posteriormente, e dado a recolha de fundos decorrer de forma muito satisfatória, superando até as melhores expectativas, decidiu-se prolongar os trabalhos até ao fim, isto é, até à capela da Santa Maria Madalena. Para tal, recorreu-se a um empreiteiro que com a mão-de-obra local cumpriu rigorosamente com os prazos que tinha contratado com a Junta de Freguesia que era, oficialmente, a dona da obra.

No dia 13 de Janeiro de 1952, foi por fim inaugurada a até então denominada estrada do Casal Cimeiro, que a partir dessa data, por iniciativa da Junta de Freguesia e com a anuência da Câmara Municipal de Arganil, se passou a designar, Rua União e Progresso do Barril de Alva. Resta acrescentar, que a obra teve como custo final a quantia de 11.600$00, sendo que o saldo apurado entre a receita e a despesa, que perfazia 1.672,00, reverteu para as futuras obras da Rua do Casal do Meio que começavam já a germinar na cabeça dos dirigentes da Colectividade.

Como então diria o saudoso AIACO no discurso de inauguração daquela via, alguns daqueles que em 1935 se predispuseram a encetar os primeiros passos daquela obra já não faziam parte dos vivos, porém, era deles boa parte do esforço que fora feito ao longo daqueles anos e que viria a culminar numa das mais simbólicas iniciativas que a União e Progresso do Barril de Alva levou a efeito. Tal como então, também os dirigentes actuais jamais esquecerão todo o legado que lhes foi deixado por esses grandes Barrilenses que num dia de Março do ano de 1935 tiveram a feliz ideia de fundar a União e Progresso do Barril de Alva. CL


terça-feira, 21 de maio de 2019

1886 - "A Quinta do Urtigal"

(Adaptação  do texto intitulado "Quinta do Urtigal recupera mística", publicado em 04.07.17 https://ritual.blogs.sapo.pt/quinta-do-urtigal-recupera-mistica-3324 -2017)


Em 2009, quando o  executivo da Junta de Freguesia do Barril de Alva, entretanto eleito, fez o levantamento dos pontos  mais sensiveis para o desenvolviemnto do turismo, facilmente se concluiu que o Urtigal e todo o espaço adjacente ao Parque de Merendas AIACO, junto à ponte sobre o rio Alva, careciam de projetos estéticos   com utilidade prática. "Agradar à vista", sim; cativar as sensibilidades de quem aprecia a Natureza, também, mas...
Com o rio Alva a  "musicar" em estereofonia as águas que serpenteiam por entre  as pedras no tempo do estio, era de toda a conveniência tirar partido desse "espetáculo" em que o corpo pode  conviver em harmonia com o espírito pelo "mergulho refrescante", ou simplesmente ficar em repouso mas atento aos sons que, graciosamente, chegam até nós - todos os sons, incluindo o belo canto dos rouxinois, que se "apresentam" no  concerto como solistas ...
Havendo "tudo isto", com a soberana finalidade de fazer da nossa terra um  local ainda mais aprazível, discutiram-se ideias!
A limpeza do Urtigal (mais tarde soube-se que, em tempos recuados, se chamara Quinta do Urtigal - volume XI da obra“Portugal Antigo e Moderno”, editado em 1886: o lugar do BARRIL e a QUINTA DO URTIGAL fazem parte da freguesia de Vila Cova de Sub-Avô....) junto ao caneiro fez aparecer  ruinas  do lagar e da moenda que ali existiram, por certo durante mais de um século.
Uns pelo conhecimento recente do "crime" cometido  contra  a estrutura de transformação dos alimentos e da habitação onde viveram duas ou três gerações de moleiros, pescadores e agricultores, outros com as memórias frescas, apesar do avanço da idade, todos relataram estórias que, no entender do executivo da Junta,  deveriam ser sinalizadas  de modo a que os vindouros  tivessem a curiosidade de questionar os barrilenses mais velhos:
- O que era "isto"?... 
Foi  com essa finalidade que se ergueu o Parque para Autocaravanas num local onde existem vestígios da pesquisa de ouro pelos romanos, e agora se divulga pelo nome: CONHEIRA...
Foi com essa finalidade que se  ergueu no Urtigal um espaço propício ao entretenimento e convivio familiar e, ao mesmo tempo, terminar definitivamente com as fogueiras dos piqueniques de ocasião...
Depois  da junção de Coja e Barril de Alva, o executivo  eleito para a União destas freguesias não descurou o embelezamento dos locais referidos,  dotando-os de infraestruturas que, embora modestas, são polos de atração para quem nos visita.
O rio insiste  no "diálogo" com quem tem  "conversa" capaz  de entender alguns dos seus segredos e perceber a sua "música". Basta estar atento!
O antigo lagar, agora, adivinha-se ....
A  água fresca e leve da fonte,  dia após dia,  todos os dias, só  espera por quem a possa sorver com  deleite
Diz "quem sabe" que ouviu um elfo cantar:

"Junto da bica água cristalina
à corrente a caminho do Mondego
e faço do olhar mirante da paisagem
- como é belo o Urtigal "!

(cr)


quinta-feira, 25 de abril de 2019

O que me diz o tempo

… Se calhar, “sou de lá”


Num dia como este, com um cravo vermelho na lapela das minhas memórias, em silêncio, regresso ao “outro lado do tempo”- o tempo é algo que me confunde pela viagem apressada até aos dias  do agora: eu, “setentinha”, que o cabelo grisalho acentua sem convencer a “ideia que trago no pensamento”:
- Eu, quarentão… ou um pouco mais…
Pauso no (meu) tempo “trintão” e “regresso” a João Belo, no Xai Xai, e reencontro-me   com a terra e as pessoas, odores, sabores, hábitos e costumes.
Volto mais atrás, ao tempo que me viu crescer, de menino a adulto.
- A primeira paixoneta, ainda “visível” na lembrança, na Malhangalene, em Lourenço Marques, a paixão pela prática do futebol no Benfica de “lá”, o colégio, a Casa Vilaça (espécie de universidade onde cultivei conhecimentos sobre a estética do belo…), a Juventude Operária Católica (JOC) e o teatro, o ingresso na Aeronáutica Civil, ser fã indelével da Natércia Barreto e dos seus “Óculos de Sol”, dos grupos “Night Stars”, de L.Marques, “Shadows”, “Beatles” e de tantos outros artistas do top internacional, como Gilbert Bécaud, as matinés no Scala; o serviço militar, de Boane à Maxixe, Inhambane e Vila Cabral, no Niassa, através da prática  de experiências jornalísticas nos “Jornais da caserna” “Gazela”, “Kuambone” e a “Voz do 20”, à Ação  Psicossocial,  como elemento da especialidade IOR (Informações, Operações e Reconhecimento); a colaboração no “Notícias”, de L. Marques, depois no "Diário",  a chefia de uma secção administrativa na Fábrica Siesta, em L. Maques, ao Ford Escort 1300 GT, o meu primeiro automóvel...
Num dia como este, com um cravo vermelho na lapela das minhas memórias, em silêncio, “regresso” no tempo a João Belo, onde constitui família, à “Casa Fonseca”, aos torneios de futebol de salão, às praias do Xai Xai, ao Bilene…
O 25 de Abril de 1974 veio ter comigo quando a família crescia: a Carla e o Carlo eram todo o nosso enlevo.
Embora não tivesse nascido em Moçambique, acreditava que “era dali” – aquele país era a minha Pátria!
Num dia como este, com um cravo vermelho na lapela das minhas memórias, em silêncio, recuo ainda mais no tempo, a Portugal - ao tempo da escola primária, no Barril de Alva, do liceu D. João III, em Coimbra, ao Externato Alves Mendes, em Arganil, e ao… Urtigal da minha meninice…
… Se calhar, “sou de lá”, do Urtigal  - é  o que me diz o tempo.

sábado, 30 de março de 2019

O sonho que ousei



Sou  avesso à exposição de alfaias agrícolas  e outros objetos enquanto regra, como se o passado estivesse  reduzido ao trabalho rural, de sol a sol.

Todas as aldeias, como a minha, têm uma História que não pode ser contada apenas e só pela visão de um arado, de um ferro de engomar, de um prato recuperado com  agrafos (chamavam-lhe "gatos"!), de um alcatruz, etc, etc - podia continuar a citar objetos usados pelos nossos antepassados, trazendo à memória um pouco da minha infância, repartida pela aldeia e umas quantas visitas a Almada, onde  tinha familiares.
O sonho ocupa-me a mente quando  recortes da "Comarca de Arganil" - com a bonita idade de mais de um século! - ou imagens como a que escolhi para ilustrar esta croniqueta chegam às minhas mãos.  "Lavadeiras" - chamo-lhe assim porque a  fotografia retrata a ocupação de algumas mulheres durante determinado período do verão quando os "senhores do Chiado"  vinham passar férias ao palacete da família Nunes dos Santos, agora em ruinas ( ou  quase…). Acrescento: os fundadores dos Grandes  Armazéns do Chiado, de boa memória, eram naturais daqui, do Barril de Alva, uma aldeia maneirinha nos seus 3,3 kms, bem servida de acessos e de outros pequenos "luxos", que se orgulha do "seu" rio Alva  e de algumas das pessoas  que por cá ergueram obra de relevo, a vários níveis, tendo em vista o bem-estar do povo.
Dos sonhos que, publicamente, ousei publicitar destaco um: fazer da sala Multiusos AIACO, no edifício da antiga escola primária, uma sala de memórias, expondo documentos que permitissem (re) descobrir as nossas origens e "conviver" com os antepassados que, com “engenho e arte” ajudaram  a crescer  a aldeia onde nasci.
Ousar o sonho é “fantasiar” o futuro incerto. Como perdi a “fantasia” de sonhar, passo adiante…
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Croniqueta adaptada do texto publicada em novembro de 2011, com o título “Sala de Memórias” -http://ritualmente.blogspot.com/2011/11/sonho-uma-sala-de-memorias-o-nome-tem.html




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A Rádio "...mora onde eu moro..." (Antena 1)


Comemora-se hoje "O Dia da Rádio", que teve em Abílio Nunes dos Santos Júnior, filho e sobrinho dos proprietários dos Grandes Armazéns do Chiado, naturais do Barril de Alva,  um dos pioneiros em Portugal.

”P1AA-Rádio Lisboa”


As primeiras emissões de radiodifusão, ainda que experimentais e de uma forma irregular, mas que tinham como meta a regularização, começaram a 30 de setembro de 1924. A estação ”P1AA-Rádio Lisboa”, de Abílio Nunes dos Santos Júnior, começou a transmitir programas que incluíam concertos de música clássica.
Este posto deu início às emissões regulares a 1 de março de 1925, como “P1AA-Rádio 
Portugal”. Pouco depois, Abílio Nunes dos Santos Júnior iria aos Estados Unidos observar o que por lá se fazia na rádio, e para adquirir o melhor e mais recente material existente para estações de radiodifusão.