A localização da "Hidro" estava prevista para este local, a jusante do Urtigal |
A Empresa Hidroelétrica de Arganil (HEA), localizada no rio Alva, a jusante de Côja, foi uma das várias empresas privadas que desempenharam um papel crucial na eletrificação de Portugal no século XX.
Fundada em 1927, operou até 1978 no sistema original.
O projeto da “Hidro” foi pensado para ser implantado no Barril de Alva, a cerca de quinhentos metros a jusante do Urtigal. Existem vestígios da algumas marcações da obra nas duas margens do rio, a mais visível é um pequeno pilar junto ao caminho que segue da ponte para o Urtigal.
A futura barragem, além de gerar energia renovável limpa, iria proporcionar o regadio das ricas margens do Alva, possivelmente até ao sítio conhecido por “Maria Gil” (?), nos domínios da extinta freguesia. Na ponte do Barril de Alva existem duas aberturas para encaminhar o caudal do regadio, segundo as boas lembranças de um passado recente,
Por razões técnicas e ambientais, não foi possível avançar com o projeto inicial, tendo sido adaptado e construído num outro local.
A “Hidro” proporcionou emprego a dezenas de beirões e melhorou a vida de milhares de cidadãos; de memória, o meu amigo Avelino Bernardo, também ele antigo funcionário da “Hidro”, recorda alguns barrilenses e outros companheiros que serviram a empresa sob as ordens de outro conterrâneo, o chefe Abel Simões:
- Carlos Leal, Nelson Gouveia, António Nobre, Luís Castanheira, António Brito, Carlos Gouveia, e João Paulo; de Vila Cova de Alva, José Melro; de Avô, Augusto Figueira; de Pomares, António Barbosa e António Castanheira; de Arganil, José Pena, José Albertino, Maria Filomena Simões, e Maria de Lurdes; de Casal do Frade, Maria Manuela; de Pombeiro da Beira, Belarmino Monteiro; de Vilarinho do Alva, António Carvalho; da Sarnadela Manuel Augusto, além de outros.
O barrilense António Nunes foi um dos primeiros encarregados da Empresa Hidroelétrica de Arganil, agora automatizada.
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Barril de Alva - ponte sobre o rio Alva |