Tirei a chinela do pé,
Corri, molhando a saia
Senti cócegas frescas
Fiquei refescada.
A água do rio teima
Em correr apressada.
Meu pensamento vagaroso,
Pensa: porque tem pressa a água?
Não saboreia o leito
Nem repousa no seu fundo
Ou aprecia as margens
Deste meu belo Alva.
Deixa-me repousada~
E no entanto vai apressda!
Oh, se a água parasse
Ficava o rio sem vida.,
Sem graça, sem alma,
Água estagnada, doente,
Matava...
Corre pois, água do meu Alva
Leva bons presságios para a costa
Vai majestosa, cristalina
Alimenta a alma peregreina
E triste do beirão.
Sê água que cura e salva
Da tristeza e da solidão.
Sê alimento do coração
30.05.05
Fátima Faria Rodrigues
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